2006/12/12

depois de ler um artigo de opinião de luís delgado no dn de ontem (ver aqui) acerca da miríade de medidas/progamas/projectos/planos que o governo anuncia, aos molhos, quase todos os dias fiquei a pensar que não é só o governo que se comporta dessa maneira - dizer que se vai fazer muita coisa, todas ao mesmo tempo e que os resultados, fenomenais, serão praticamente imediatos.
muitas empresas, instituições, organizações, etc. "vivem" assim: comprometendo-se em "acudir a todos os fogos", sempre com eficiência e que no final os resultados são garantidos!
a ponderação inicial de uma estratégia adequada (em tempo útil e ainda que sujeita a alterações e contemplando "planos b, c, ...") e a consequente planificação (realista) da sua concretização seriam um factor de desenvolvimento! mas como, se as "regras do jogo" resultantes das sucessivos medidas/progamas/projectos/planos que, todos os dias, são apresentadas estão constantemente a mudar...
é de ver este blogue! tudo esta escrito em alemão mas...

2006/12/05

p.f. leiam este post sobre o ensino superior que vale a pena (inclui video you.tube).

2006/11/24

já lá vão umas quantas semanas desde que "postei" pela última vez mas... por motivos profissionais, "ando às voltas" com o processo de bolonha (ver este meu post) já lá vão uns meses "valentes" e cada vez mais sinto que tudo se destina a ficar como está (mas pior!).
a "cena" começou em 1999 mas há apenas uns 2/3 anos é que se começou a falar "em público" e só no último ano (ano e meio) é que, legalmente, começaram a "acontecer coisas" nesse âmbito!
julgo, também, que se vai aproveitar esta "revolução" para fazer uma "limpeza" do ensino superior (e.s.) em moldes e com critérios (muito) duvidosos, designadamente pela tentativa de, em pouco tempo, "americanizar" o e.s. (numa estratégia "do 8 para o 80" tão vulgar em portugal).
a estratégia de "concentrar esforços" sugerida àquelas instituições do e.s. em maiores dificuldades (em termos de nº alunos, orçamento, etc.) é, se calhar, totalmente lógica do ponto de vista empresarial/económico mas só serve para concentrar, ainda mais, o que já está demasiadamente concentrado em 3/4 centros.
a implementação duma atitude competitiva no seio do e.s. é, na minha opinião, uma belíssima medida - falta saber quem é que tem de ser competitivo: os "docentes do quadro" ou os "contratados", uma silenciosa maioria, particularmente no e.s. politécnico, cujos contratos "duram" 1/2 anos e que por exemplo não tem direito ao subsídio de desemprego (como todos os outros trabalhadores têm) independentemente do tempo que leccionou no e.s. eu sei que esta última medida ajuda a "fidelização aos superiores" e a "vontade de trabalhar" mas...
a empresarialização (não sei se existe a palavra, contudo este é meu blogue por isso...) do e.s. terá consequências positivas ao nível financeiro (e, admito, não só a esse nível!?!?) mas, num país em que (genericamente) o grau académico é visto como um grau de "lanzeira" (outra palavra que não sei se existe...), será a melhor maneira de nivelar por baixo o e.s. - "pra quê um mestrado!?!?" e o doutoramento é visto como "uma cena" demasiado "à frente" e que só acrescenta "custos"!
bem, se calhar já chega... carpe diem (ou "safem-se!").

2006/10/24

eu sei (mas já não me lembro se o afirmei noutras ocasiões) que "colocar" mensagens de email aqui não é exactamente o que se espera de um "bloguista" mas... "afixo" aqui uma carta aberta ao 1º ministro, cujo conteúdo deve ser divulgado se se concordar com o seu teor pelo que...

CARTA ABERTA AO ENGENHEIRO JOSÉ SÓCRATES

Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras motivadas por um convite que formulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta NUM DIREITO QUE O SENHOR AINDA NÃO ELIMINOU: o de manifestar publicamente indignação perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.

Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu comportamento. Desminta, se puder, o que passo a afirmar:


1.º Do Statics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.


2.º Outra publicação da Comissão Europeia, L´Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E o que vemos? Que em média nessa Europa 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha. As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?


3º. Um dos slogans mais usados é do peso das despesas da saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458. Em Portugal esse gasto é . 758. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730, a Austria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.

Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas infelizmente os mesmos paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram, lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores . De entre muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas:

1.º Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito barbaridades . Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em 34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos pelo patrão). OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PAGAM OS SEUS 11 POR CENTO! Mas O SEU PATRÃO ESTADO NÃO ENTREGA MENSALMENTE À CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES, COMO LHE COMPETIA E EXIGE AOS DEMAIS EMPREGADORES, os seus 23,75 por cento. E é assim que as "transferências" orçamentais assumem perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar os dinheiros públicos. Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em Setembro de 1993 já verão a sua reforma ser calculada segundo os critérios aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década. Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das
iniquidades que subjazem á sua política o ministro Campos e Cunha, que não teve
pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7.000 Euros de salário, os 8.000 de uma reforma conseguida aos 49 anos de idade e com 6 anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte.


2.º Quando escolheu aumentar os impostos, viu o défice e ignorou a economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa. A Finlândia dos seus encantos, baixou-os em 4 pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em 3,2.


3º Por outro lado, fala em austeridade de cátedra, e é apologista juntamente com o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da implosão de uma torre (Prédio Coutinho) onde vivem mais de 300 pessoas. Quanto vão custar essas indemnizações, mais a indemnização milionária que pede o arquitecto que a construiu, além do derrube em si?


4º Por que não defende V. Exa a mesma implosão de uma outra torre, na Covilhã ( ver ' Correio da Manhã ' de 17/10/2005 ) , em tempos defendida pela Câmara, e que agora já não vai abaixo? Será porque o autor do projecto é o Arquitecto Fernando Pinto de Sousa, por acaso pai do Senhor Engenheiro, Primeiro Ministro deste país?

Por que não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de Euros que as empresas privadas devem à Segurança Social?

Por que não pôs em prática um plano para fazer a execução das dívidas fiscais pendentes nos tribunais Tributários e que somam 20 mil milhões de Euros?

Por que não actuou do lado dos benefícios fiscais que em 2004 significaram 1.000 milhões de Euros?

Por que não modificou o quadro legal que permite aos bancos , que duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de impostos?

Por que não renovou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento que permitiu à PT não pagar impostos pelos prejuízos que teve no Brasil, o que, por junto, representará cerca de 6.500 milhões de Euros de receita perdida?

A Verdade e a Coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se diferenciar dos seus opositores. QUANDO SUBIU OS IMPOSTOS, QUE PERANTE
MILHÕES DE PORTUGUESES GARANTIU QUE NÃO SUBIRIA, FICÁMOS TODOS ESCLARECIDOS SOBRE A SUA VERDADE. QUANDO ELEGEU OS DESEMPREGADOS, OS REFORMADOS E OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS COMO PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COMBATE AO DÉFICE, PERCEBEMOS DE QUE TEOR É A SUA CORAGEM.

Santana Castilho (Professor Ensino Superior)

2006/09/27

de facto, as "novas tecnologias" são muito úteis tanto para os "utilizadores" como para os "aproveitadores" (veja-se esta "apresentação" em flash acerca das fraudes com cartões de débito nas caixas atm, que recebi por email).

2006/07/14

a propósito da publicação dumas fotos no sítio oficial da ana malhoa - porque não visitar ;) -, adorei ler o post do ricardo araújo pereira no blogue gatofedorento.

2006/06/14

(parte 1) o processo de bolonha já me começa a cheirar mal (não que alguma vez me tenha cheirado muito bem!). a adequação de curricula e/ou a criação de novos/originais ciclos de estudos tem de "seguir" legislação que parece preparada "sobre o joelho", por um "grupo" de pessoas desconhecidas (pelo menos do "público em geral") e que se multipla (quase exponencialmente) de semana para semana!
tanto a nível nacional (admnistração central) como das instituições de ensino superior tudo me parece (muito) confuso e atabalhoado - embora eu compreenda os objectivos gerais e a "agenda escondida" do processo.
de facto, a diminuição do nº candidatos ao ensino superior, a precaridade do vínculo laboral da maíoria do corpo docente, a falta de alternativas (concretas e viáveis) de trabalho para pessoas (sobre)qualificadas, a "importância" das ordens e associações profissionais e as diferenças na respectiva abordagem "da cena", entre outros factores, deturpam e muito todo o desenrolar do processo de bolonha.
eu sei que já passou algum tempo desde o meu último post, mas... "tenho estado mergulhado em trabalho - em apneia - e aproveitei hoje para vir à superfície respirar, de modo a mergulhar outra vez" até que cheguem as vacances!

2006/05/08

a propósito dum post, publicado aqui, acerca da intervenção de sobrinho simões no fórum novas fronteiras (uma organização do ps como é fácil de perceber da página electrónica), acabei por ler algumas das restantes intervenções.
eu percebo que o "choque tecnológico" e a definição das "novas fronteiras da ciência e conhecimento" são uma necessidade (imperiosa) do país, mas onde ficam os desenvolvimentos e inovação relacionados com as actividades de produção: a agricultura ou a pesca (temos uma zee como muitos países sonhavam nos seus mais "wildest dreams"...). produzir conhecimento (na física, nanotecnologias, génetica, etc.) é cientificamente interessante mas ao longo dos últimos 20 ou 30 anos fez-se tudo o que se podia para "rebentar" com o país produtivo... ao invés do país "serviçal".

2006/04/28

gostava de partilhar com todos (os zero leitores do meu blogue) que durante o fim-de-semana passado li com prazer e duma assentada o livro "eduquês. uma crítica ..." de nuno crato editado pela gradiva (um excerto pode ser lido aqui). como se diz na contra-capa é de facto interessante "para professores (incluo-me aqui), pais (ainda não me incluo aqui) e todos aqueles que se preocupam com o futuro". estou a pensar em reler (acreditam?!). o autor mantém um "caderno" de recortes de imprensa sobre o assunto aqui.
o meu filho está bué da grande (para falarmos em bom português). tem 4 meses e 18 dias (que raio de idade para assinalar aqui) e apeteceu-me escrever este post.

2006/03/31

fui ler a notícia que saiu no diário de coimbra acerca duma "palestra" de belmiro de azevedo na universidade de coimbra (e "publicitada" neste blogue). algumas passagens:

«Para quê um Estado promotor e único, monopolista, e não questionado, em vez de um Estado regulador e fiscalizador da qualidade da Educação?»

«O que vemos são as universidades a andar em marcha lenta, enquanto que os empresários e a vida andam em marcha acelerada»

«Estado a mais no Ensino, enquanto que a sua qualidade tem baixado sistematicamente ao longo dos anos»

«O que interessa é estimular a liberdade de ensino, tanto pública, como privada, mas sempre com qualidade»

«[as Universidades, estão] demasiado voltadas para dentro (...) [terão de] ser mais abertos ao mundo moderno (...), [nomeadamente, no que respeita à] mobilidade [das pessoas] entre Universidades e empresas, [as chamadas] carreiras em ziguezague»


estou de acordo com alguns dos comentários/críticas ao status quo, no entanto pergunto-me:
i) que projectos de colaboração com/investimento em universidades é que o grupo sonae está envolvido?
ii) como se garante a qualidade do ensino/investigação que uma universidade (de índole privada) promove? pelo número de ex-governantes que fazem parte do quadro docente? pelo número de patentes? pelo índice das publicações científicas? pelo número de livros editados? pelo número de conferências internacionais promovidas? faz-se de tudo isto e mais ainda!
iii) a abertura da universidade ao "mundo exterior" está, na maioria dos casos, proporcionalmente relacionada com o interesse do "mundo exterior" pela universidade! (em muitos casos, as empresas, as organizações, as associações simplesmente não estão dispostas a pagar (sim a pagar!) pelos serviços que solicitam às universidades! mas fazem-no, por vezes de forma insensata mas confiante, a "certas e determinadas" empresas.
iv) uma carreira académica (aqui, ou noutro lado qualquer do mundo) é feita com base em investigação (sensu lato). como é que, durante a estadia numa dada empresa em que se exige "dedicação total ao negócio", se promove o desenvolvimento dessa investigação que, depois, auxilia o desempenho e prosseguimento da carreira universitária? já agora, com é que a parte desse percurso que decorre no mundo académico beneficiará a posterior mudança para uma empresa (realizando trabalhos de extensão ou prestação de serviços a empresas!?).
v) a formação-ao-longo-da-vida deve ser um "princípio da vida profissional" (a responsabilidade de promover a formação é tanto da universidade como das pessoas!).

2006/03/30

no seguimento (e com a mesma origem) do post anterior aqui vai mais texto (de ludwig streit, universidade da madeira) acerca do "ensino superior na actualidade".
com origem neste blogue, agradeço a disponibilização da "versão oficial" relativa aos graus académicos e diplomas do ensino superior (DL nº 74/2006, 24/03).

2006/03/17

recebi por email (aliás como devem ter recebido muitas outras pessoas...) este texto de autor e data desconhecidos. publica-se aqui a primeira parte.

Já vai para 15 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca.Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Aqui, qualquer projecto demora 2 anos a concretizar-se, mesmo que a ideia seja brilhante e simples. É regra.Então, nos processos globais, nós (portugueses, brasileiros, americanos, australianos, asiáticos, etc.) ficamos aflitos para obter resultados imediatos, numa ansiedade generalizada. Porém, o nosso sentido de urgência não surte qualquer efeito neste país. Os suecos discutem, discutem, fazem"n" reuniões e ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no fim, acaba por dar tudo certo no tempo deles, com a maturidade da tecnologia e da necessidade; aqui, muito pouco se perde.

É assim: 1. O país é cerca de 3 vezes maior que Portugal; 2. O país tem 2 milhões de habitantes; 3. A sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (Lisboa tem 1 milhão); 4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia,... 5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA. Digo a todos estes nossos grupos globais de trabalhadores: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos salários.Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles.

Vou contar-vos uma breve história, só para vos dar uma noção...A primeira vez que fui para lá, em 1990, um dos colegas suecos apanhava-me no hotel todas as manhãs. Era Setembro, frio, e a neve estava presente. Chegávamos bem cedo à Volvo e ele estacionava o carro longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, uma manhã perguntei-lhe: - Você tem lugar marcado para estacionar aqui? Chegamos sempre cedo, o estacionamento está vazio e você deixa o carro à ponta do parque. Ele respondeu-me, simples, assim: - É que, como chegamos cedo, temos tempo de andar. Quem chegar mais tarde já vem atrasado, precisa mais de ficar perto da porta. Você não acha?Nesse dia, percebi a filosofia sueca de cidadania!

2006/03/15

com origem no blogue queuniversidade?, é de ler (ainda apenas o fiz "na diagonal") um documento preparado por andreas schleicher, da ocde.
estou para postar acerca de duas séries televisivas ("as" séries que acompanho na actualidade) vai para várias semanas (tantas que uma das ditas já terminou), nomeadamente: "roma" (canal dois, 2ª feira às 23.30h) e "bocage" (rtp um, à 6ª feira por volta das 22.30h - entretanto já terminou...). aconselho vivamente! infelizmente já não "tenho vida" para assistir a outra série, "csi - crimes sob investigação" (sic, 5ª feira depois da meia-noite). aliás já nem sei se ainda passa! acrescento, ainda, os documentários (a maioria com o "selo" discovery channel) que passam no canal dois.

2006/03/14

volta a dizer - esta m... isto está entregue aos bichos! mais um exemplo que circula na internet e que, apesar de poder constituir um caso de "falácia descarada com o intuito de desacreditar os envolvidos e de atacar a sua honra e bom-nome", não custa nada a acreditar, não é!?
"De acordo com O Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigo ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a embaixada portuguesa em Londres. Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram a título excepcional uma contratação de pessoal especializado. Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas. As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o ongelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos. Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de rendimento mensal superior a 9000 euros. É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem criticar a juventude, ponham os olhos nesta miúda [apesar das minhas três dioptrias vou-me esforçar, e muito, para aprender!]. A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 2ª classe ou de 290 Assistentes Administrativos [gentalha]. O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7, 10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais. Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estão habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos [e o resto é conversa]. A nossa Maria merece. Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92 portugueses com um salário de 500 Euros a descontar à taxa de 20%. Novamente, a nossa Maria merece."

ps-os parêntesis são da minha responsabilidade.
recebi duma amiga esta lista de sítios electrónicos (com origem no caderno lazer do público) com actividades para crianças. é para "guardar" pois o meu "rebento" ainda não domina os teclados...

2006/02/10

p'ra desanuviar e lembrando o que é bom (melhor) da vida: o meu "rebento" está quase a atingir a fasquia dos 5 kg no dia em que faz 2 meses de vida (extra-uterina). logo que possível, actualizarei este blogue com mais umas fotos (para aqueles que acompanham, de longe, o neto/sobrinho/primo).
ainda no seguimento do "caso: cartoons de maomé"... não diria melhor do que a opinião expressa no dn sob o título "a estranha morte do ocidente" (ver aqui).

2006/02/09

acerca dos cartoons e tal... (já agora convém concretizar de modo a que daqui a dez anos se perceba do que estou a falar. um jornal dinamarquês, e posteriormente outros jornais europeus, publicaram nos últimos meses caricaturas do profeta maomé que têm sido "violentamente" criticadas, para "dizer o menos", em vários países islâmicos), gostei do que li aqui! "toda a cena" de ataques e violência me parecem desproporcionadas. com qu'então caricaturar (por vezes "anedotar" - será que isto existe?) jesus, buda (no afeganistão, que há tempos "partiram" estátuas de buda porque eram dos "infiéis" vêm agora "armar o barraco" por causa dos cartoons), shiva, o holocausto, a escravatura, a pedófilia, a raça, as opções sexuais, etc. já não faz mal?! uma selvejaria (não tenho a certeza de ser assim que se escreve isto?!)
ps-não fosse o petróleo (e principalmente a dependência do ocidente do crude dos seus derivados) e, se calhar, as coisas eram diferentes!?

2006/02/08

não há nada como tentar copiar "coisas no ensino superior" que "realmente" correm mal no estrangeiro: escalonar instituições com base (também) em índices de satisfação dos estudantes ou in pursuit of happy bunnies (a ver vamos...). de facto, os vários interesses (lóbis para utilizar uma espressão "modernaça") neste mundo académico (de conhecimento, ciência e tecnologia, etc.) estão a dar o seu melhor...
no blogue conta natura um post relativo ao plágio de um artigo científico relembrou-me (através duma referência directa) o "caso" do plágio dos artigos (americanos) - é certo que devidamente traduzidos para a "língua de camões" - de uma "famosa" escritora/cientista portuguesa que, entretanto, está a ser "recuperada" publicamente. casos...
já temos "na área" um novo blogue dedicado a exteriorizar o pensador/comentador/crítico/especialista (para não dizer "esperto") que há em cada um de nós (e em mim também deu nisto de "blogar"). vou acompanhar!
ps-obrigado pela menção "honrosa".